Você já pensou de onde vem a energia que ilumina a sua casa, que aquece seu banho?! Já pensou como ela é produzida? Eu nunca tinha pensado nisso, até o dia que meu filho e minha nora comentaram que tinham contratado fornecimento de energia “limpa” para o apartamento que alugavam em Barcelona.
Achei tão bacana essa ideia que, curiosa que sou, pedi para ele me explicar melhor como foi esse processo. Ele e minha nora me contaram que perguntaram para o gerente dos apartamentos se poderiam fazer a mudança de fornecedor para terem energia limpa no apartamento alugado. O gerente não só concordou, como ao conhecer essa possibilidade, decidiu mudar o fornecedor dos demais apartamentos também. Achei tão legal!! E como gosto muito de “imitar” coisas legais, logo pedi ajuda para fazer o mesmo no Brasil, embora, por aqui, os pequenos consumidores (como nós) ainda não podem escolher seus os fornecedores.
Mesmo assim, minha nora me passou o contato de um dos sócios da @positiv.a , uma empresa B, que possui duas frentes: uma de produtos de limpeza sustentáveis e outra que presta consultoria e serviços na área da permacultura. Embora eu não tivesse ideia do que significava “permacultura” procurei pelo Rafael da Positiv.a, que investiu um bom tempo só pra me explicar os conceitos e princípios da Permacultura.
É um conceito fascinante e que podemos levar para o nosso dia a dia! Tecnicamente, a permacultura prevê o uso eficiente de energias e recursos naturais presentes em qualquer local com a intenção de criar ambientes mais que sustentáveis, mas ambientes abundantes, produtivos e em equilíbrio com a natureza. Ele me explicou que em todo local e a todo momento há “energias” em fluxo e que em nossas casas, por desconhecimento, desperdiçamos muitas delas no dia a dia. E o mais interessante é que mais tarde acabamos por comprá-las.
Quer um exemplo? Para quem tem jardim em casa ou em vasos, é comum comprarmos adubo para as plantas, certo? Porém, desperdiçamos lixos orgânicos todos os dias que poderiam se transformar em adubo se tivéssemos uma composteira em casa. Outro exemplo interessante: compramos energia elétrica, mesmo tendo energia disponível do sol, que poderíamos captar nos nossos telhados.
Ou seja, há ações que podemos implementar na nossa rotina e que podem tornar nossa casa um ambiente propício para a autonomia sustentável.
Embora, em alguns casos, essas mudanças sejam complexas e talvez caras, entraram com tanta força na nossa família que já estamos aquecendo a piscina de SP com um sistema que a @positiv.a instalou. E no início de dezembro, eles terminaram a instalação de placas solares no telhado na casa que temos no interior de São Paulo. A partir de janeiro, nós iremos captar energia do sol, essa energia é vendida para a fornecedora (é assim que funciona no Brasil) e gera um desconto na nossa conta de luz. No nosso caso, é provável que o abatimento seja total e nós tenhamos, até, um crédito com a fornecedora. Permacultura é um conceito muito interessante para quem está olhando para consumo consciente. Não é maravilhoso poder resolver questões importantes dentro da nossa própria casa, consumindo menos, gerando menos lixo e resíduos e, melhor ainda, produzindo recursos – seja adubo ou energia – de forma limpa? Como vocês sabem, eu sou apaixonada por esse assunto. Acho que, dentro das nossas possibilidades, precisamos incorporar esses conceitos na prática.
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